O Fiat Uno era o principal carro da marca italiana tanto aqui quanto na Europa. Lá, ele já havia evoluído e praticamente era outro carro, mas ainda da mesma geração que existia por aqui. Porém, no começo dos anos 90, o modelo já estava cansado para o consumidor europeu. Com o envelhecimento do Uno, se fez necessário desenvolver um novo carro.
O chamado Projeto 176 foi elaborado como um sucessor direto do Uno e desenhado por Giorgetto Giugiaro. O compacto teria uma carroceria hatch com duas ou quatro portas, além de uma versão conversível e um furgão, derivado do modelo de duas entradas. Com linhas mais envolventes e aerodinâmicas, suspensão traseira independente e bom espaço interno, eis que surgiu no final de 1993 o Fiat Punto. Medindo 3,76 m de comprimento,
1,62 m de largura, 1,45 m de altura e 2,45 m de entre-eixos, o Fiat Punto era leve e vinha com uma grande gama de motores, que começava pelo singelo Fire 1.1 de 54 cavalos e ia até o potente 1.4 Turbo de 136 cavalos e mais de 21 kgfm.
No ano de 2005, o original para a morte da segunda geração, o que não ocorreu, a Fiat designava sua terceira geração como Grande Punto. O Projeto 199 foi apresentado em Frankfurt nesse mesmo ano e revelada um carro bem maior, mais aerodinâmico e sofisticado. Ainda feito por Giugiaro, ele abandonaria a plataforma Fiat para se unir a um desenvolvimento em conjunto com a GM (Gamma). Pode-se dizer que é a plataforma mais versátil e rentável da Fiat em termos de automóveis de passageiro, tendo basicamente 2,51 m de entre-eixos. Na marca italiana, ela foi usada por diversos modelos lá e cá, sendo que aqui Idea, Grand Siena e Linea foram alguns dos produtos. Com 4,03m inicialmente, o Grande Punto era maior e mais espaçoso que a geração anterior.
O compacto premium chegou no Brasil em agosto de 2007 para ser o intermediário entre Palio e Stilo, mas com a plataforma Gamma modificada com elementos do Palio e suspensões dos modelos Idea e Stilo. Com um pouco de cada, o modelo tinha DNA de parte da linha nacional. Já estreando a tecnologia Flex, o Fiat Punto (sem Grande por
aqui), mas seu estilo era exatamente igual ao europeu, mesmo com o enxerto de componentes “não originais” da plataforma Gamma. Feito para brigar com Volkswagen Polo e Citroën C3, o hatch chegou inovando em um item de conectividade, numa época em que nascia o smartphone (iPhone).
O sistema Blue&Me foi desenvolvido pela Microsoft através do Windows Mobile para conexões de diversas funcionalidades e aparelhos por meio de comandos de voz, inclusive navegação GPS por orientação vocal. Mas, como sempre, a Fiat usava e abusava de pacotes de opcionais que tornavam o Fiat Punto muito caro no final das contas. A gama de opções era composta pelo motor Fire 1.4 8V com 85 cavalos de potência na gasolina e 86 cavalos
no etanol, além de 12,4 e 12,5 kgfm, respectivamente. O Fiat Punto ainda apresentava o motor 1.8 GM Família I, que tinha 8V e entregava 113 cavalos na gasolina e 115 cavalos com etanol, bem como bons 18,0 kgfm no primeiro e 18,5 kgfm no segundo combustível. Tudo isso a 2.800 rpm. Com isso, ele ia de 0 a 100 km/h em 10,6 segundos. Com essa dupla de motores, o Fiat Punto foi ganhando seu espaço no mercado brasileiro, mas em 2011, a gama de motores foi modificada. A saída da GM da associação com a então Fiat Chrysler, já sobrevivente após o colapso financeiro mundial e a quase falência da General Motors, fez com que o velho Família I deixasse a marca italiana de vez.
Desde que surgiu em 1993, o Fiat Punto têm sido um êxito em seus 25 anos de mercado internacional. Já teve de tudo, de câmbio CVT ao motor de dois cilindros em linha com turbo. Por aqui, foi Flex e ganhou o automatizado Dualogic, mas pecou por não ter um câmbio automático de verdade, algo que o Argo passou a oferecer.
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